sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PENSAR É TRANGREDIR


Essa semana foi complicada e agitada, mas a vida é isso mesmo, as mesmas coisas de forma diferente, bom eu tentar explicar seria em vão. Deixarei para Lya luft retratar sua forma de ver e pensar ela se encaixa perfeitamente em seu texto.

PENSAR É TRANSGREDIR

Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

Lya Luft

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença. Não importando nada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010








As choppers, teve sua origem na Califórnia. O que as pessoas não sabem é a origem do termo.

Há algumas décadas atrás as modificações de chassis de motos para perder peso e ganhar estética estavam em alta. A prática de tais modificações era chamada de "bobbing" ou "choppin' off" (dá na mesma), cuja tradução de ambos se entende por "cortar fora".

Uma das motos, porém, teve maior destaque na mídia. Ela foi batizada com o nome de "The Bobber", pelo fato de ser uma moto resultada de processos de "bobbing".

O estilo da moto era bem próximo ao das choppers tradicionais, com guidão alto e sissy-bar (santo antônio) também alto, ambos característicos do estilo "old school" de motos.

Logo, se "bobber" vinha de "bobbing", "choppin' off" deu em "chopper", que ficou mais conhecido.

Depois disso a maioria das motos modificadas teve estilo semelhante, consolidando o estilo chopper. Todas eram artesanais até o lançamento da moto (e filme) Easy Rider, da Harley Davidson.

Conclusão: uma bicicleta ou moto chopper só fará seu nome valer as origens se tiver tido sua estrutura modificada. Porém, se não teve mas tem o estilo, não deixa de ser chopper, logicamente.

sábado, 23 de outubro de 2010

Internacional

Dono de site defende dados sobre guerra


Segundo Julian Assange, a divulgação dos documentos traz a verdade escondida sobre os ataques

Londres. O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, defendeu, ontem, a divulgação de 400 mil documentos secretos sobre a guerra no Iraque.

Em entrevista coletiva em Londres, Assange afirmou que foram tomados todos os cuidados para que não haja risco para nenhum soldado envolvido nas operações no Iraque.

O governo americano voltou a criticar o site. Disse que os documentos não trazem novidades e que apenas podem gerar um sentimento de vingança, colocando em risco as tropas ocidentais que continuam no país.

"Os ataques à verdade começam antes do início de uma guerra e continuam mesmo depois que ela acaba", afirmou ele.

Segundo Assange, a divulgação dos documentos minimizam esses ataques à verdade.

Nos papéis há vários relatos de mortes e torturas cometidas pela polícia e pela Guarda Nacional Iraquianas contra seus próprios cidadãos.

Apesar de presenciar as atrocidades, soldados americanos apenas relatavam que não havia nada mais a investigar. Em alguns casos, eram comunicadas as autoridades iraquianas, muitas vezes as mesmas responsáveis pelas torturas.

"Isso transforma as tropas em cúmplices", afirmou Phil Shiner, da ONG Public Interest Lawyers, que também presente à coletiva.

Os documentos revelam também 15 mil mortes de civis a mais que os computados até agora por Organizações Não Governamentais que acompanham a guerra iraquiana.

Acredita-se que 66 mil civis foram mortos desde a invasão do país, em 2003.

O governo dos EUA diz que não há números sobre mortes de civis. "Os documentos trazem não apenas números, mas detalhes dos mortos. Isso é muito importante", disse John Sloboda, da Iraq Body Count.

A divulgação dos documentos é considerada o maior vazamento desse tipo de documento da história.

Em julho, o WikiLeaks já havia divulgado 91 mil documentos secretos sobre a guerra do Afeganistão.

Acredita-se que os dois vazamentos tenham a mesma fonte: um analista dissidente da inteligência do Exército americano, cuja identidade continua mantida sob sigilo.

Abusos e negligência

Segundo os documentos, desde a invasão americana no Iraque, em 2003, morreram mais de 100 mil iraquianos, dos quais cerca de 70 mil civis.

Os relatórios indicam que as forças americanas deixaram sem investigação centenas de denúncias de abusos, torturas e assassinatos por parte das milícias iraquianas, que em alguns casos são acusadas de chicotearem e queimarem pessoas.

Em um caso particular, os americanos acusam soldados do Iraque de cortarem os dedos e queimarem com ácido um dos presos. Há também a descrição da execução de dois presos que estavam com as mãos atadas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Novo álbum do R.E.M. já tem título escolhido

Collapse Into Now”, este é o nome escolhido para batizar o próximo álbum de estúdio da banda R.E.M.

A divulgação do título do disco foi feita pelo empresário do grupo, Bertis Downs, durante um evento realizado na cidade inglesa de Manchester. Posteriormente o empresário confirmou o nome através de sua conta no twitter.

A previsão é que o sucessor de “Accelerate” seja lançado no segundo trimestre de 2011. Mais uma vez a produção ficou nas mãos de Jacknife Lee.

domingo, 26 de setembro de 2010






A Yamaha colocou no mercado a nova 600 cc, que vem equipada com motor semelhante a Fazer 600, porém amansado e que rende 78 vc de potência. O modelo chega com dois lindos design: Um com carenagem XJ6 S e outra sem carenagem que é a XJ6 N. O quadro é tipo Diamond feito em tubos de aço e Freios de pinça de dois pistões da dianteira. O modelo deve custar em torno de R$27.500.




Uma bela disputa está sendo travada no mercado nacional entre os modelos nakeds de 600 cm³. De um lado, a Honda CB 600F Hornet, que chegou ao país em 2004 e que foi reestilizada em 2008. De outro, a Yamaha XJ6, recém-lançada pela marca dos três diapasões. Apesar de os modelos estarem equipados com motores de quatro cilindros em linha, as semelhanças param por aí. Com a diferença de preço de quase 8 mil reasis mais cara a Hornet e uma naked mais pro lado da esportividade enquanto a XJ6N e para um publico que esta entrando no mundo dos 4 cilindros pois e uma moto mais suave para pilotar enquanto a da honda ja vai pro lado da esportividade, e isso se reflete no consumo tambem, a Hornet anda mais e bebe mais. Na cidade, rodou 17,8 km com um litro de gasolina, enquanto a XJ6 percorreu 19,4 km/l. Na estrada, vantagem novamente para a Yamaha que teve consumo de 21,3 km/l, enquanto a Honda consumiu 18,6 km/l.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

quarta-feira, 30 de junho de 2010



Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre

Clarice Lispector


O espelho já havia denunciado… Está difícil de se encarar, não?!
O que você andou fazendo da sua vida ultimamente?
Arrependido?
Por quê?
Você não fez o que queria? Não estava decidido?
É, a vida apronta dessas coisas, não é mesmo?!
Você sabia o que queria, ou pelo menos o que não queria e depois que o vendaval passou ficou aquela sensação de que não era bem isso.
E a coragem de voltar atrás…
Mas será que é isso mesmo?
Você nunca sabe, né? Difícil saber o que se quer!
Principalmente, por que por vezes tem que se arriscar.


– Arriscar – que palavra horrível… E se o sofrimento aparecer?


Se o sofrimento aparecer… Sofra!


– Você deve estar de brincadeira. Prefiro ficar aqui sentado, com a porta trancada, com o telefone desligado, fazendo de conta que estou vivendo. Às vezes, saio apenas para transar e enganar alguém de que sou ótimo. Para me enganar que escolho. Não sei bem se para me enganar ou enganar ao outro.


É meu caro, o espelho é cruel. O espelho escancara! Os anos estão passando. Quantos pés de galinha no seu rosto que já foi tão bonito. Os cabelos, esses denunciam o quanto você abusou do que não devia. E o abdome tanquinho, cadê? Foi quase uma perda de identidade, não?
O que você tinha de melhor? Lembra? Faz tempo, não é?
O que tinha de melhor ficou para trás, nas insistentes performances de teimosia e de grosseria – sou dono da minha própria vida! Será?
Se era o dono, parece que não fez bons investimentos. Aliás, investiu no que mesmo? Não, não estou falando do dinheiro herdado no banco, estou falando de afeto. Sabe, aqueles sentimentos bobos que os mortais tem, tipo respeito, consideração, amizade, amor. Ah, já sei, amor é outra palavra proibida. Antigamente o amor era para o espelho e agora? Nem seu aliado, antigo aliado – espelho tem lhe dado o colo preciso.
Ah! Você está chorando? Chore, chore muito. Chore por suas presunções, seu sarcasmo, sua prepotência.

Agora já chega! Descobriu que é mortal! Humano como todo mundo?
Isso foi ótimo!
Passe um pano no espelho, faça um carinho.
Daqui a pouco o dia vai amanhecer. Terá um brilho novo no ar.
Saia de casa.
O presente e o futuro continuam lhe aguardando.
Vamos, lute!
Vamos, continue!
Viva!

sexta-feira, 25 de junho de 2010


O Jornal "O GLOBO" em sua primeira página da edição de quarta feira, 16 de junho de 2010, desceu a lenha na seleção e principalmente no seu treinador.

Mas qual a razão dessa súbita mudança de comportamento?

Vamos aos fatos:

Na segunda feira, véspera do jogo de estréia da seleção brasileira contra a Coréia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul, eis que de repente, aporta na entrada da concentração do Brasil, dona Fátima Bernardes, toda-poderosa primeira dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.

Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a dominadora esposa do chefão William Bonner sentenciou:

- “Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV GLOBO, com o treinador e alguns jogadores…”

Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE, dirigiu-se ao portão e após ouvir da Sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação:

- “Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de 'REPORTAGEM EXCLUSIVA' para a rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma…”

Brilhante!! Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada!!!

- “Mas esse acordo foi feito ontem entre o Renato (Maurício Prado, chefe de redação de Esportes de "O GLOBO") e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”, prosseguiu dona Fátima.

- “Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”

O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.

A atitude de Dunga passa à história como um exemplo de coragem e independência.

Dunga, simplesmente, mijou na Vênus Platinada!!

Uma estátua para ele!!


Abraço,

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Miséria é o principal "produto" do capitalismo‏

Miséria é o principal "produto" do capitalismo
O capitalismo tem legiões de defensores. Muitos o fazem de boa vontade, produto de sua ignorância e pelo fato de que, como dizia Marx, o sistema é opaco e sua natureza exploradora e predatória não é evidente ante os olhos de homens e mulheres. Outros o defendem porque são seus grandes beneficiários e amassam enormes fortunas, graças às suas injustiças e iniquidades.

Além do mais há outros ("gurus" financeiros, "opinólogos", jornalistas "especializados", acadêmicos "pensadores" e os diversos expoentes do "pensamento único") que conhecem perfeitamente bem os custos sociais que, em termos de degradação humana e do meio-ambiente, o sistema impõe.

No entanto, são muito bem pagos para enganar as pessoas e prosseguem com seu trabalho de forma incansável. Eles sabem muito bem, aprenderam muito bem, que a "batalha de ideias", à qual Fidel Castro nos convocou, é absolutamente estratégica para a preservação do sistema, e não retrocedem em seu empenho.

Para resistir à proliferação de versões idílicas acerca do capitalismo e de sua capacidade para promover o bem-estar geral, examinemos alguns dados obtidos de documentos oficiais do sistema pelas Nações Unidas.

Isso é sumamente didático quando se escuta, principalmente no contexto da crise atual, que a solução aos problemas do capitalismo se obtém com mais capitalismo; o que o G-20, o FMI, a OMC e o Banco Mundial, arrependidos de seus erros passados, vão poder resolver os problemas que provocam agonia à humanidade. Todas essas instituições são incorrigíveis e irreformáveis, e qualquer esperança de mudança não é nada mais que uma ilusão. Seguem propondo o mesmo, só que com um discurso diferente e uma estratégia de "Relações Públicas", desenhada para ocultar suas verdadeiras intenções. Quem tiver dúvidas que olhe o que está propondo para "solucionar" a crise na Grécia: as mesmas receitas que aplicaram e que seguem aplicando na América Latina e na África desde os anos 1980!

A seguir, alguns dados (com suas respectivas fontes) recentemente sistematizados pelo Programa Internacional de Estudos Comparativos sobre a Pobreza (CROP, na sigla em inglês), da Universidade de Bergen, na Noruega. O CROP está fazendo um grande esforço para, a partir de uma perspectiva crítica, combater o discurso oficial sobre a pobreza elaborado há mais de trinta anos pelo Banco Mundial e reproduzido incansavelmente pelos grandes meios de comunicação, autoridades governamentais, acadêmicos e vários "especialistas".

População mundial: 6,8 bilhões, dos quais:

1,02 bilhão têm desnutrição crônica (FAO, 2009)
2 bilhões não têm acesso a medicamentos (www.fic.nih.gov)
884 milhões não têm acesso a água potável (OMS/UNICEF 2008)
924 milhões de "sem teto" ou que vivem em moradias precárias (UN Habitat 2003)
1, 6 bilhão não tem eletricidade (UN Habitat, “Urban Energy”)
2,5 bilhões não tem acesso a saneamento básico e esgotos (OMS/UNICEF 2008)
774 milhões de adultos são analfabetos (www.uis.unesco.org)
18 milhões de mortes por ano devido à pobreza, a maioria delas de crianças com menos de 5 anos (OMS)
218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham em condições de escravidão ou em tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados, prostitutas, serventes na agricultura, na construção civil ou na indústria têxtil (OIT: A Eliminação do Trabalho Infantil: Um Objetivo a Nosso Alcance, 2006)
Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação na riqueza global de 1,16% para 0,92%, enquanto que os 10% mais ricos acrescentaram mais riquezas, passando de 64,7 para 71,1% da riqueza produzida mundialmente. O enriquecimento de poucos tem como reverso o empobrecimento de muitos.
Só esse 6,4 % de aumento da riqueza dos mais ricos seria suficiente para duplicar a renda de 70% da população da Terra, salvando inumeráveis vidas e reduzindo as penúrias e sofrimentos dos mais pobres. Entenda-se bem: tal coisa seria obtida se tão só fosse redistribuído o enriquecimento adicional produzido entre 1988 e 2002, dos 10% dos mais ricos do planeta, deixando intactas suas exorbitantes fortunas. Mas nem sequer algo tão elementar como isso é aceitável para as classes dominantes do capitalismo mundial.

Conclusão: Se não se combate a pobreza (nem fale de erradicá-la sob o capitalismo!) é porque o sistema obedece a uma lógica implacável, centrada na obtenção do lucro, o que concentra a riqueza e aumenta incessantemente a pobreza e a desigualdade econômico-social.

Depois de cinco séculos de existência, isto é o que o capitalismo tem para oferecer. Que esperamos para mudar o sistema? Se a humanidade tem futuro, será claramente socialista. Com o capitalismo, em troca, não haverá futuro para ninguém. Nem para os ricos, nem para os pobres. A sentença de Friedrich Engels, e também de Rosa Luxemburgo: "Socialismo ou barbárie", é hoje mais atual e vigente que nunca. Nenhuma sociedade sobrevive quando seu impulso vital reside na busca incessante do lucro, e seu motor é a ganância. Mais cedo que tarde provoca a desintegração da vida social, a destruição do meio ambiente, a decadência política e uma crise moral. Todavia ainda temos tempo, mas não muito.

Fonte: Jornal La República, Espanha



sexta-feira, 23 de abril de 2010






Era uma vez você se vestia tão bem
Você jogou esmola aos mendigos em seu auge, não é?
As pessoas chamavam, dizendo "Cuidado boneca Você está pedindo pra cair"
Você achou que eles eram apenas todos brincando com você
Você costumava rir de
Todo mundo que ficava vadiando ao redor
Agora você não anda tão orgulhosa
Agora você não fala tão alto
Sobre estar tendo que vasculhar pela sua próxima refeição

Como você se sente
Como você se sente
Para estar sem um lar
Sem nenhuma direção para casa
Como um completo desconhecido
Just Like a rolling stone?

Você freqüentou a melhor escola Muito bem, Senhorita Solitária
Mas você sabe que você apenas ficava enchendo a cara em que
E ninguém jamais lhe ensinou como viver na rua
E agora você descobre que vai ter que se acostumar com isso

Você disse que nunca tinha compromisso
Com o vagabundo misterioso, mas agora você percebe
Ele não está vendendo álibis
Enquanto você olha fixamente para o vácuo de seus olhos
E pedir-lhe que você quer fazer um trato?

Como você se sente
Como você se sente
Por estar por sua própria
Sem nenhuma direção para casa
Como um completo desconhecido
Just Like a rolling stone?

Você nunca se virou para ver as carrancas
sobre os malabaristas e os cowns
Quando tudo desabar e faziam truques para você

Você nunca entendeu que não é bom
Você não deve deixar que outras pessoas para você obter yourkicks

Você costumava andar a cavalo cromado com o diplomata
Quem carregava em seu ombro um gato siamês
Não é difícil quando você descobre que
Ele realmente não estava onde está
Depois que ele levou de você tudo que podia roubar

Como você se sente
Como você se sente
Por estar por sua própria
Sem nenhuma direção para casa
Como um completo desconhecido
Just Like a rolling stone?

Princesa no campanário e todas as pessoas bonitas
Estão bebendo, pensando que eles tem feito isso
Trocando todos os tipos de presentes caros e coisas
Mas é melhor você levantar o seu anel de diamante, é melhor peão que babe

Você costumava ser tão divertido
Com o Napoleão de trapos ea linguagem que ele usou
Vá para ele agora, ele te chama, você não pode recusar
Quando você não tem nada, você não tem nada a perder
Você está invisível agora, você não tem mais segredos a esconder

Como você se sente
Como você se sente
Por estar por sua própria
Sem nenhuma direção para casa
Como um completo desconhecido
Like a rolling stone?

domingo, 4 de abril de 2010

CERN LHC





Investigadores avançam no conhecimento da antimatéria

Cientistas do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) obtiveram pela primeira vez informação sobre a física do anti-hidrogênio, um avanço que poderá revelar propriedades da antimatéria e explicar o processo de criação do Universo.
A experiência, que decorreu no desacelerador de antiprótons na sede do CERN, em Genebra, permitiu "detectar e medir um amplo número de átomos de anti-hidrogênio frios", segundo um comunicado divulgado pelo laboratório europeu.

"Baseando-se na ionização dos antiátomos quando passam através de um forte campo magnético pendente", assinala a nota, a medição da equipe conseguiu "olhar pela primeira vez dentro de um antiátomo e obter a primeira informação sobre a física do anti-hidrogênio".

"Sabemos desde a década de 30 que a cada uma das partículas fundamentais da matéria, que constituem tudo aquilo que vemos, corresponde uma antipartícula, que não existe sob forma estável no mundo", explicou o investigador, que também desenvolve trabalhos no CERN.

sábado, 3 de abril de 2010

domingo, 28 de março de 2010

sábado, 27 de março de 2010

סונטה LXXXVIII
כאשר אתה מתנהג אלי רע, ובז
אני מרגישה את הערך שלי אתה רואה בבוז,
נלחם נגד לי, אני בצד שלך
ו, נשבע לשקר inda, להוכיח שאתה טוב.
לדעת טוב יותר את הטעויות שלי לבד,
את התמיכה לך להרכיב את הסיפור
מן הפגמים מוסתרים, שם אני חולה;
ואז, כאשר אני מפסיד, יש לך את כל התהילה.
אבל גם הרווחים ירה כי המכתב:
מתכופף אתה אוהב גודל,
Mal אני מביא לי תועלת
בשביל מה להרוויח ניצחה פעמיים.
אז היא האהבה שלי אליך את הדוח:
בשבילך את כל האשמה אני תומך

sexta-feira, 26 de março de 2010






של BMW תמיד הייתה בלתי נשלט של מכוניות יוקרה
ואת זה מסחרי מציג את כל מהותו, כוח, נחמה
ומעל לכל חזותי נועז.
הנרי

quinta-feira, 25 de março de 2010

Chegando em Porto Alegre

Somente valorizamos nosso RS ao visualizar as proximidades de Porto Alegre ao alto, as belas paisagens e a chegada da primavera com o verde a inclinação do sol vai marcando outras sombras, aqui de cima temos a ideia de o quanto somos felizes em pertencer a esse estado.

Henrique.

domingo, 21 de março de 2010

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !

Vinícius de Moraes

domingo, 14 de março de 2010


Seu espírito guarda dentro de si tudo o que precisa para conquistar progresso e bem-estar
Por Zíbia Gasparetto








Sempre repito que cultivar pensamentos positivos atrai boas energias e ajuda a viver melhor. Porém, muitos reclamam comigo, dizendo que tentaram e, ainda assim, não obtiveram o que queriam. Pudera: para movimentar as energias e fazer acontecer o que

desejam, não basta fazer afirmações. É preciso estar conectada com seu mundo interior e ligar-se com as leis cósmicasque regem as forças do universo.

De nada adianta repetir frases afirmativas e continuar infringindo os princípios básicos das leis divinas - conservando a mágoa, a mesquinhez, o desejo de vingança... Isso é renegar suas qualidades de espírito eterno e, consequentemente, as imensas possibilidades do seu potencial.

Afirmações positivas só funcionam quando você está centrada em seu mundo interior e respeita os princípios das leis espirituais. Assim, apenas surtem efeito quando proporcionam o bem de todos os envolvidos. Já conectar-se à sua alma significa sentir o que vai em seu íntimo, evocando o bom senso que Deus colocou dentro de cada ser.

Um início promissor para a conquista do seu poder interior? Observar seus pontos fracos - mas sem críticas, deixando o julgamento de lado tanto para suas atitudes como para as dos outros. Ou seja, jogar fora toda a ilusão e ter a ousadia de se ver como você é: alguém que, apesar das conquistas e qualidades, tem dado importância a coisas que dificultam seu progresso. Trata-se de um encontro consigo mesma.

Não tem a ver com religiões nem rituais, mas com os princípios das leis eternas que funcionam no sentido de nos conduzir ao equilíbrio. Ora, você foi criada à semelhança de Deus. Logo, seu espírito guarda dentro de si tudo o que precisa para conquistar progresso e bem-estar. Se isso não está acontecendo, atenção ao que vai em seu coração e em como lida com os acontecimentos do dia a dia.

Quando você deseja se libertar de uma situação complicada - um relacionamento difícil ou um problema para o qual não vê saída -, antes de fazer uma afirmação positiva em favor da melhor solução é preciso entrar no seu mundo íntimo e buscar o caminho

da purificação. Mesmo que se julgue uma vítima da maldade alheia ou das circunstâncias, exima-se do julgamento, entregue a situação nas mãos de Deus.

Diga que não deseja mais ter em seu coração tanta dor, que não deseja mais se limitar e precisa encontrar a paz. Coloque sua vontade nesse pedido e, quando sentir que está mais calma, faça as afirmações positivas visando não apenas o seu bem, mas também o de seus desafetos.

Proceda assim durante vários dias, até sentir-se totalmente em paz. Confie na sabedoria divina e, quando aquela voz sabotadora aparecer trazendo desconfiança, não lhe dê importância. Mantenha seu pensamento firme na fé. Estou certa que você terá sucesso.

E, conforme for conseguindo seus objetivos, desenvolverá um método próprio de ligar-se com seu mundointerior – que é a única forma de tornar-se uma pessoa centrada, equilibrada, segura, que sabe como enfrentar todos os desafios que a vida lhe trouxer.

A purificação de suas atitudes trará grandes benefícios. Abrirá as portas das bênçãos espirituais que Deus tem a dar para todos os seus filhos. E Ele o faz de forma simples, mas verdadeira e eficiente, ensinando o caminho mais curto para a felicidade.

A confiança de que você não está só e há uma força superior que rege nossos destinos e cuida do nosso bem-estar traz harmonia e paz.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Desejo de status


Escrito por Luiz Marins
Outro dia fui repreendido por uma advogada porque não a chamei de “Doutora”. Um amigo me contou que ficou esperando duas horas para que lhe fosse entregue um cheque que estava pronto sobre a mesa de um diretor. Ao entregá-lo a secretária lhe disse: “O cheque está pronto há muito tempo. É que o meu diretor gosta de deixar as pessoas esperando para se fazer de importante”. Um agente de viagens me contou que há clientes que fazem absoluta questão de sentar no primeiro assento do avião, pois acham que sentar no primeiro assento é questão de status. Numa oficina, um mecânico me disse que o “Dr. Fulano” não aceita esperar um minuto sequer. A mesma coisa ouvi de um frentista de posto de gasolina: “Aquela mulher não suporta esperar que atendamos outra pessoa em sua frente. Ela quer que a gente pare de atender a outra pessoa para atendê-la”. Maitres e garçons ficam abismados de ver que há clientes que não vão ao restaurante se a “sua” mesa estiver ocupada. Uns assistem uma palestra sobre vinhos e se acham os maiores especialistas em enologia, ensinando o sommelier. Outros fazem questão absoluta de serem atendidos pelo dono do restaurante e não por garçons. Alguns não admitem que seu “carrão” vá para o estacionamento. Exigem que ele fique estacionado defronte ao restaurante - mesmo que não haja vagas. Tal hóspede só fica na suíte 206. “Se ela estiver ocupada ele fica uma fera”, disse-me o gerente do hotel...”O presidente só toma café nesta xícara”, confidenciou-me a copeira da empresa. “Quando a anterior quebrou não encontramos no Brasil. Daí um diretor trouxe outra igual da França...”.
Esta lista de exigências não teria fim se quiséssemos esgotá-la. Por que certas pessoas sentem tanto desejo e mesmo necessidade de status?
Alain de Botton, um filósofo contemporâneo, estuda esse desejo tão exacerbado nos dias atuais em seu livro que leva o nome desta mensagem: “Desejo de Status” (Editora Rocco, 2004). O autor analisa o “esnobismo” contemporâneo como forma de vencer o anonimato e a falta de conteúdo das pessoas neste mundo de aparências em que vivemos. Vale a pena ler.
O mundo já está complicado demais para que as pessoas ainda vivam buscando status. Pessoas esnobes, desejosas de deferências e rapa-pés parecem não compreender que estamos no século XXI e não no XIX. Fico impressionado ao ouvir relatos de pessoas que fazem exigências absurdas, atendimentos especiais, mesas únicas. Geralmente são pessoas de origem humilde que necessitam dessas exigências e até da arrogância, para mostrar a sua importância, já que elas próprias, pouca importância se dão, dizem os psicólogos e filósofos que tratam do assunto.
Veja se você não está sendo vítima de um desejo exagerado de status e fazendo exigências descabidas de serviços e atenções, tornando-se arrogante e esnobe. Faça uma auto-análise antes de cair no ridículo e ser motivo de chacota das pessoas que lhe atendem e servem, mas riem de sua insegurança assim que você deixa o ambiente, crente que está abafando.
Pense nisso. Sucesso!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Numa discussão sobre o Big Brother Brasil – que a cada edição bate recordes de audiência – provoquei várias caretas ao dizer que considero o programa uma oportunidade fantástica de aprendizado. Quase apanhei. Mas expliquei que tudo depende de como o espectador encara o programa. Se você procura mais que simples entretenimento, consegue assistir o BBB de olho no impacto e influência de cada participante sobre os demais. Ah, eles são vazios? São. Mas são gente como a gente. Você tem ali uma inestimável aula de antropologia, de sociologia, de política, com exemplos claros de como funciona a vida em sociedade. Verá os conflitos, as intrigas, a dissimulação, as mentiras, a manipulação, a generosidade, o medo – todos aqueles pequenos truques, pecados e atitudes com os quais convivemos no dia-a-dia. Está tudo ali, exposto pra quem quiser ver. E aprender. Assistindo o Big Brother Brasil como uma vitrine de comportamento você aplicará seu tempo em aprendizado.Mas se você escolher assistir o BBB como mero entretenimento, ou pra ver as bundas das moças ou os muques dos moços, quem fica com quem, quem fica bêbado ou uma baixaria qualquer, terá aplicado seu tempo apenas em fofoca.O Big Brother Brasil só é um sucesso estrondoso de audiência por explicitar claramente nossas fraquezas e atender àquele irresistível impulso que todos temos para o “voyeurismo”: o espiar os outros sem ser notado. Quem escolhe se vai aprender com isso é você.Bem, antes que venham as pedradas, deixa eu dizer onde começou esta reflexão: li num artigo recente que somente dez por cento da população tem disposição para aprendizado. São as pessoas que vão atrás, que gostam, que sentem prazer em aprender. Os outros noventa por cento nunca vão se importar em ampliar seus conhecimentos e habilidades até que sejam obrigados a isso, por pressão do trabalho por exemplo. Só dez por cento, já pensou? E justamente hoje, quando vivemos naufragados em informação. Nesse cenário é preciso refletir sobre um processo fundamental: o da educação continuada.Aprender continuamente, estudar continuamente, é a única forma de enriquecer nossa capacidade de análise, de compreensão do mundo e de tomada de decisão. De lutar para não ser eterna vítima de quem sabe como manipular as pessoas. Mas esse “estudar” não deve ser entendido apenas como frequentar uma sala de aula com professor ou mergulhar num livro de matemática. Você pode estudar lendo um romance ou uma história em quadrinhos. Assistindo um filme de aventura. Ouvindo rock. Observando as pessoas que passam pela rua. Ou seus colegas aí ao lado. É a predisposição para aprender que confere aos acontecimentos um sentido pedagógico, sacou? A capacidade pedagógica não está no acontecimento em si, mas na escolha que você faz diante dele. Assim, é possível assistir ao programa do Gugu ou da Luciana Gimenez (nunca inteiros, é verdade), por exemplo. São fantásticas oportunidades de estudar como – através de um rótulo de “entretenimento” – a televisão aliena as pessoas.“Entretenimento” é desculpa para tudo. Exime quem produz o lixo – no jornal, na revista, no livro, no rádio, na televisão, no teatro, no cinema, na música e na internet –, de qualquer responsabilidade com algo além de “matar o tempo” das pessoas. Um pecado...No entanto, o dono de seu tempo é você. Você escolhe o que fazer com ele. Você escolhe para quem vai dar atenção. Você escolhe seu olhar.O Big Brother Brasil é um projeto milionário muito bem sucedido. Por mais que você esperneie, vai continuar no ar, batendo recordes até a fórmula se esgotar. “Matará o tempo” de 90% das pessoas que o assistem.Mas os 10% dispostos a aprender farão dele uma aula.
luciano Pires.\ café Brasil

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Estamos enganados acerca da moral. Ela não existe basicamente para punir, para reprimir, para condenar. Para isso há tribunais, polícias, prisões, e ninguém os confunde com a moral. Sócrates morreu na prisão, sendo todavia mais livre que os seus juizes. É talvez aqui que a filosofia começa. É aqui que a moral começa, para cada qual, e recomeça sempre: onde nenhuma punição é possível, onde nenhuma repressão é eficaz, onde nenhuma condenação, pelo menos exterior, é necessária. A moral começa onde nós somos livres: ela é a própria liberdade, quando esta se julga e se dirige.

Querias roubar aquele disco ou aquela peça de roupa numa loja... Mas há um vigilante que te observa, ou um sistema de vigilância electrónica, ou tens simplesmente medo de ser apanhado, de ser punido, de ser condenado... Não é honestidade; é calculismo. Não é moral; é precaução. O medo da autoridade é o contrário da virtude, ou é apenas a virtude da prudência.
Imagina, pelo contrário, que tens esse anel de que fala Platão, o famoso anel de Giges que te torna invisível quando queres... É um anel mágico que um pastor encontrou por acaso. Basta rodar o anel e voltar o engaste para o lado da palma da mão para a pessoa se tornar totalmente invisível, e rodá-lo para o outro lado para voltar a ficar visível... Giges, que era um homem honesto, não soube resistir às tentações a que este anel o submetia: aproveitou os seus poderes mágicos para entrar no Palácio, seduzir a rainha, assassinar o rei, tomar o poder e exercê-lo em seu exclusivo benefício... Quem conta a história n'A República [uma das obras de Platão] conclui que o bom e o mau, ou supostos como tais, não se distinguem senão pela prudência ou pela hipocrisia, ou, dito de outra maneira, pela importância desigual que atribuem ao olhar dos outros ou pela sua maior ou menor habilidade em se esconder... Possuíssem um e outro o anel de Giges e nada os distinguiria: «tenderiam ambos para o mesmo fim». Isto é sugerir que a moral não é senão uma ilusão, um engano, um medo disfarçado de virtude. Bastaria podermos tornar-nos invisíveis para que qualquer interdição desaparecesse, e não houvesse senão a procura, por parte de cada um, do seu prazer ou do seu interesse egoístas.
Será isto verdade? Claro que Platão está convencido do contrário. Mas ninguém é obrigado a ser platónico... Para ti, a única resposta válida está em ti mesmo. Imagina, como experiência de pensamento, que tinhas esse anel. Que farias? Que não farias? Continuarias, por exemplo, a respeitar a propriedade dos outros, a sua intimidade, os seus segredos, a sua liberdade, a sua dignidade, a sua vida? Ninguém pode responder por ti: esta questão só a ti diz respeito, mas diz respeito a tudo o que tu és. Tudo aquilo que não fazes, mas que te permitirias se fosses invisível, releva menos da moral que da prudência ou da hipocrisia. Em contrapartida, aquilo que, mesmo invisível, continuarias a obrigar-te ou a proibir-te, não por interesse mas por dever, só isso é estritamente moral. A tua alma tem a sua pedra de toque. A tua moral tem a sua pedra de toque, pela qual te julgas a ti mesmo. A tua moral? Aquilo que exiges de ti, não em função do olhar dos outros ou desta ou daquela ameaça exterior, mas em nome de uma certa concepção do bem e do mal, do dever e do interdito, do admissível e do inadmissível, enfim, da humanidade e de ti. Concretamente: o conjunto das regras às quais te submeterias mesmo que fosses invisível e invencível.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dia de sol, as pessoas vem e vão. estou aqui, e os vejo alegremente passar…

Se saíu o sol, depois de tanta chuva, os caminhos secarão.
Dia de sol, para poder passear. Día de sol para ver muito melhor e sentir seu calor.
Para alegrar a alma, para lembrar o amor, para dissipar problemas, para alimentar e caminhar nas minhas ilusões.
Día de sol, para encontrar e namorar meu amor. Día de sol, tudo está sempre melhor!!!

sábado, 16 de janeiro de 2010


Escrever deveria ser sempre um incômodo.
Incomodar, segundo o Novo Dicionário Aurélio, significa, entre outras coisas, causar incômodo a, importunar, desgostar, irritar.Escrever deveria ser tudo isso, pois.
Estar incomodado é estar “levemente indisposto, constrangido”, ainda segundo o dicionário. E todo texto deveria incomodar. Incomodar o escritor e o leitor. Deixá-los indispostos, constrangidos diante do que se escreve e do que se lê.
Uma das finalidades de todo e qualquer texto, literário ou não, deveria ser esta. Já afirmara o crítico Umberto Eco, em seus “Seis passeios pelo bosque da ficção”, que “o texto é uma máquina preguiçosa que espera muita colaboração da parte do leitor”.
E essa colaboração nem sempre deve significar um ato de concordância. Contudo, não significa que deva se tornar rígida e excessivamente discordante.
Um texto cumpre com sua finalidade quando propõe um algo a mais para quem o lê. E para quem o escreve também.
Um algo a mais que reflita num pensar mais elaborado, que signifique um repensar determinado ponto de vista, ou que jogue luz sobre alguns caminhos de compreensão ainda não alcançados.
Se hoje escrevo, é por ler tantas e tantas coisas maravilhosas (e quantas ainda por ler!).
Se hoje escrevo, é porque desenvolvi em mim a pretensão de achar que através de minhas palavras as pessoas também poderiam se sentir tocadas, seja se encontrando em meus rabiscos, seja desenvolvendo uma antipatia pelos mesmos (e consequentemente por mim).
Se hoje escrevo, isso se deve ao trabalho de penso inserido nessa prática. Algo que me alimenta como sujeito. Algo em que acredito que possa alimentar a outros da mesma forma.
Se hoje escrevo é também por acreditar que esse ato possa ser contagioso.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pois é, lembrei-me! Em vez de colocar músicas aleatoriamente como fiz até agora lembrei-me de colocar uma por dia e depois no fim do ano fazer uma retrospectiva. As músicas colocadas não terão que ir de encontro ao meu estado de espírito nesse dia, embora possa acontecer... Quero mais colocar uma música de vá de encontro ao meu estado musical, que sofre variações bastante acentuadas, o que eu até acho positivo. A questão agora será saber se consigo cumprir com isto até ao fim do ano, mas acho que sim!

domingo, 10 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.
Friedrich Nietzsche
A difícil arte de vender sutilezas
Há um componente no trabalho da comunicação empresarial que não pode ser pesado, medido ou apalpado - só percebido. É a sutileza. Sem dúvida, a maior força da comunicação. Com ela se pode quase tudo. O profissional experiente, quando constrói uma linha de comunicação para uma empresa, sabe dosar esse tempero. Aqueles que recebem uma mensagem bem elaborada podem até não percebê-la de imediato, só sentir os seus efeitos e executar as suas “ordens”. É assim que mandam os bons comandantes - por meio da sugestão.

Existe uma diferença entre as mensagens diretas, varejistas e óbvias que são percebidas de imediato e aquelas que serão absorvidas aos poucos ao longo do tempo. Estas últimas, quando bem construídas, calam fundo nos corações e mentes. Há mais precisão nas coisas vagas do que imaginamos. A maestria do comunicador vai aparecer nos detalhes sutis da organização deste trabalho: dizer sem dizer, fazer sem fazer, conduzir sem conduzir e mudar sem mudar.

Como me tornei estúpido - M.P.


Filho de pai birmanês e mãe bretã, dono de um currículo universitário labiríntico, Antoine recusa-se a deixar-se engolir por uma sociedade em que até mesmo as pesquisas de opinião não admitem opiniões. Decide, então, encontrar o caminho da nulificação pela idiotice. Essa empreitada rumo à cretinice, que consiste em se empenhar na transformação em um ninguém, não é para qualquer um... Deste percurso do Ser ao Nada, completamente surpreendente e absurdo, Martin Page fez um romance coberto de razões e que revela um escritor que domina seu estilo tão bem quanto seu humor fino e sutil.




Alice in Chains é uma banda norte-americana de rock formada em 1987 em Seattle, Washington, pelo vocalista Layne Staley e o guitarrista Jerry Cantrell.


Apesar de vastamente associada ao grunge, o som da banda incorpora elementos do heavy metal, glam rock, hard rock e de música acústica, ao invés do punk. Alice in Chains alcançou fama internacional como parte do movimento grunge do início dos anos 90, ao lado de bandas como Nirvana, Soundgarden e Pearl Jam

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010